Conheça os principais tipos de herbicidas e como usá-los

Os tipos de herbicidas são categorizados com base em características específicas, como translocação, seletividade e época de aplicação.

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A imagem mostra uma plantação sendo irrigada.

Os herbicidas são categorizados com base em características específicas, como translocação, seletividade e época de aplicação. Esses produtos químicos são utilizados para controlar um dos principais desafios à produtividade no plantio de espécies florestais, como o eucalipto e o pinus: as plantas daninhas.

Também conhecidas como ervas daninhas, essas plantas crescem de maneira indesejada em áreas de plantio, competindo diretamente com as espécies florestais por recursos essenciais, ao crescimento e desenvolvimento das plantas, como água, luz, nutrientes e espaço. De acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), se não forem controladas, as perdas causadas por essas plantas invasoras podem ultrapassar 90% na produção de madeira.

Para evitar esses prejuízos, o silvicultor precisa aplicar os tipos de herbicidas mais adequados para as necessidades do plantio, incluindo os herbicidas pré-emergentes. Neste artigo, explicaremos quais são esses tipos, como funcionam os produtos pré-emergentes e como escolher o produto adequado para evitar infestações de ervas daninhas e proteger a produtividade das áreas plantadas.

Quais são os principais tipos de herbicidas disponíveis?

Os herbicidas podem ser classificados em diferentes grupos. As classificações mais conhecidas são baseadas no mecanismo de ação, na seletividade, no momento da aplicação e na persistência do produto no solo. Conheça a seguir os principais tipos dentro dessas categorias:

Mecanismo de ação

Quanto ao modo de ação, esses produtos podem ser divididos em dois grupos: de contato e sistêmico. 

Translocação

Os herbicidas de contato atuam diretamente nas partes da planta que entram em contato com o defensivo. Eles apresentam resultados rápidos, geralmente em até 24 horas, mas exigem uma cobertura completa das folhas para garantir sua eficácia.

Já os herbicidas sistêmicos (translocados) são absorvidos pelas folhas ou raízes e transportados pelos vasos condutores (xilema e floema) para outras partes da planta. No entanto, os efeitos da aplicação podem demorar até 2 semanas para se tornarem visíveis.

Seletividade

Esses produtos também podem ser classificados como seletivos ou não-seletivos. Os herbicidas seletivos são desenvolvidos para afetar apenas plantas daninhas específicas, sem prejudicar as culturas desejadas. 

Já os não seletivos, agem indiscriminadamente em todas as espécies de plantas, incluindo a cultura principal. Por essa razão, geralmente são utilizados em aplicações dirigidas ou como dessecantes.

Persistência no solo

Nesse caso, os defensivos também podem ser classificados em dois grupos: os residuais e os não residuais. Os herbicidas residuais permanecem ativos no solo por um longo período após a aplicação, controlando germinações sucessivas de plantas daninhas.

Já os não residuais têm pouca ou nenhuma ação no solo Isso significa que eles agem apenas no momento da aplicação, mas não oferecem um efeito prolongado.

Momento da aplicação

Esses defensivos também podem ser classificados com base no momento recomendado para sua aplicação. Nesse caso, eles são divididos em três tipos de herbicidas diferentes:

  • Pré-plantio: aplicados no solo antes do plantio da cultura principal;

  • Pós-plantio: aplicados sobre a cultura ou em jato dirigido conforme a indicação da bula.

  • Pré-emergência: aplicados no solo antes da emergência das plantas daninhas;

  • Pós-emergência: aplicados após as plantas daninhas terem emergido.

Como funcionam os herbicidas pré-emergentes?

Os herbicidas pré-emergentes atuam diretamente no solo antes do surgimento das plantas daninhas. Ao entrarem em contato com a umidade do solo, eles  formam uma barreira química que dificulta a germinação e o desenvolvimento inicial dessas plantas.

Isso ocorre porque, uma vez absorvido pela planta, o princípio ativo do produto interrompe processos metabólicos essenciais para o crescimento das ervas daninhas, que resultam na expressão final do herbicida sobre a planta.

Dependendo de seu mecanismo de ação, esse tipo de herbicida pode interferir em processos como a fotossíntese, a produção de pigmentos, o metabolismo do nitrogênio, a síntese de aminoácidos e lipídios, entre outros.

Por isso, a aplicação de herbicidas pré-emergentes impede o desenvolvimento das plantas indesejadas, tornando a manejo da vegetação mais eficiente.

Quais as vantagens de utilizar herbicidas pré-emergentes Investir na aplicação desse tipo de herbicida garante vários benefícios ao silvicultor; Conheça os principais deles a seguir:

Permite o controle em pré-emergência de plantas daninhas

Esses produtos previnem a emergência de plantas daninhas, principalmente durante a fase inicial do desenvolvimento da cultura, que é considerado um período crítico para o estabelecimento da cultura. Utilizando herbicidas é possível evitara competição por água, luz e nutrientes entre a cultura e as ervas daninhas. Como resultado, a prática aumenta a taxa de sobrevivência e o vigor das plantas cultivadas.

Uso de diferentes mecanismos de ação: Auxilia no manejo de resistência

A rotação com herbicidas com diferentes mecanismos de ação auxiliam no controle de plantas que se tornaram resistentes ou tolerantes a herbicidas, como, por exemplo, o glifosato. Com isso, a aplicação de herbicidas com diferentes mecanismos de ação na sua estratégia de manejo ajuda a preservar a eficácia das tecnologias disponíveis e ainda promove uma floresta mais saudável e produtiva. 

Essa prática reduz o risco de seleção de plantas daninhas resistentes, tornando a estratégia de manejo mais sustentável a longo prazo.

Oferece um efeito residual prolongado

Alguns pré-emergentes possuem um efeito residual prolongado, ou seja, eles mantêm a cultura livre de ervas daninhas por mais tempo após a aplicação. Isso reduz a necessidade de reaplicações ao longo do ciclo da cultura. Assim, o silvicultor aumenta a eficiência do manejo e diminui os gastos com defensivos.

Favorece o estabelecimento da cultura

Por controlar as plantas daninhas desde a sua germinação, esses herbicidas ajudam as culturas a se estabelecerem na área de plantio. Afinal, elas não precisam competir por recursos com outras espécies. 

Nesse cenário, as culturas apresentam um desenvolvimento mais uniforme e vigoroso, aumentando as chances de uma colheita bem-sucedida.

Reduz o risco de infestações graves

A aplicação desses produtos ainda diminui o risco de infestações severas ao longo do ciclo da cultura. Isso porque eles evitam que as ervas daninhas atinjam estágios avançados, se propaguem aumentando o banco de sementes e causando danos à lavoura.

Como escolher o herbicida adequado para sua floresta?

Como existem vários tipos de herbicidas disponíveis no mercado, o produtor precisa entender como escolher o produto mais adequado às necessidades da sua cultura. Caso contrário, ele não conseguirá aproveitar o potencial dessa categoria de defensivos.

Para fazer a escolha certa, é importante analisar vários fatores. Entenda a seguir:

Identificação da planta daninha

O primeiro passo é identificar as espécies de plantas daninhas presentes na área . Isso porque cada herbicida possui um espectro de ação específico, ou seja, é indicado para culturas e ervas diferentes. O ideal é optar por um produto eficaz contra as ervas mais comuns na área de plantio.

Mecanismo de ação e seletividade

Outro passo importante é avaliar o mecanismo de ação e a seletividade do defensivo. A recomendação é escolher um produto que possa ser utilizado na estratégia de rotação de herbicidas com diferentes mecanismos de ação. Isso ajuda a evitar o desenvolvimento de resistência nas plantas daninhas. Além disso, o ideal é priorizar produtos seletivos, que controlem as ervas sem prejudicar o desenvolvimento da cultura principal.

Condições ambientais

As condições climáticas e ambientais da área de plantio também devem influenciar na escolha do produto. Isso porque alguns herbicidas são mais eficazes em períodos secos, enquanto outros toleram chuvas logo por longos períodos

Por esse motivo, é importante avaliar o comportamento de cada produto, e se esse é o mais adequado para as características ambientais do local.

Registro e eficácia

O produtor deve investir somente em produtos comprovadamente eficazes no controle de plantas daninhas e devidamente registrados no Ministério da Agricultura. Essa prática evita problemas legais e garante que os herbicidas entreguem os resultados esperados.

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Para aproveitar os benefícios dos defensivos pré-emergentes, o silvicultor pode contar com produtos como Fordor Flex® e EsplanadeⓇ. Ambos são herbicidas sistêmicos desenvolvidos para o controle pré-emergente de plantas daninhas que afetam culturas como eucalipto e pinus.

O Fordor Flex® tem como ingrediente ativo o isoxaflutol, que pertence ao grupo químico isoxazol. Ele é especialmente eficaz no controle de gramíneas e dicotiledôneas, incluindo alvos importantes como o capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) e o capim-braquiária (Brachiaria decumbens).

Por outro lado, o EsplanadeⓇ utiliza o indaziflam como princípio ativo, pertencente ao grupo químico das alquilazinas. Este herbicida possui um amplo espectro de ação, sendo indicado para combater uma vasta variedade de plantas daninhas. Entre seus alvos principais estão a buva (Conyza bonariensis) e o caruru roxo (Amaranthus hybridus), mas sua eficácia se estende a muitas outras espécies, tornando-o uma escolha eficiente para o controle de infestações em diversas situações agrícolas.

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